Hoje, iremos esclarecer dúvidas sobre o cadastro de material e medicamento e como manter a segurança do paciente nesse processo.
Segundo o documento da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2009, o conceito de segurança do paciente envolve um conjunto de ações para redução do risco de danos evitáveis associados à assistência em saúde.
A segurança do paciente é um tema que envolvem estudo, análise, prática e ações pelas instituições de saúde, bem como normas e regulamentos a serem seguidos. As instituições de saúde contam com o auxílio da OMS e das certificadoras e acreditadoras hospitalares.
Continue a leitura para saber mais detalhes de como o cadastro de material e medicamento pode ser otimizado na sua instituição sem a segurança do paciente ser comprometida.
Os desafios para manter a segurança do paciente
Um dos grandes desafios na Saúde continua sendo promover a importância da higiene das mãos. Esse cuidado é vital na prevenção de infecção adquirida na atenção à saúde, que afeta não só pacientes, mas também profissionais da área em todo o mundo e todos os anos.
Assim como em vários países, no Brasil se busca por boas práticas, por meio do olhar clínico, campanhas, planejamento estratégico, indicadores e o monitoramento de todos os eventos adversos.
Além disso, é possível contar também com o apoio do Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde. O mesmo, desde 2013 propõe um conjunto de medidas para prevenção e redução de ocorrência de incidentes nos serviços de saúde.
Assim como a OMS, as acreditadoras hospitalares desenvolvem um papel significativo para garantir a segurança dos pacientes. Vale ressaltar a acreditadora americana: Joint Commission International (JCI), com seu destaque pelo nível de excelência e confiabilidade.
6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente
A OMS desenvolveu as chamadas Metas Internacionais de Segurança do Paciente, sendo as 6 metas:
- Identificar corretamente o paciente;
- Melhorar a efetividade da comunicação entre profissionais de saúde;
- Melhorar a segurança das medicações de alta vigilância;
- Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente correto;
- Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
- Reduzir o risco de queda e lesões por pressão.
Os hospitais acreditados e que prezam a segurança do paciente gerenciam e controlam os materiais e medicamentos para evitar acidentes em qualquer etapa do processo assistencial.
O processo em destaque não é apenas de responsabilidade do profissional que prescreve e administra o medicamento ao paciente, ou seja, a segurança deve estar em toda cadeia de suprimentos.
Vale ressaltar que a segurança deve estar presente desde o processo de escolha dos insumos padronizados e a efetiva compra até a dispensação ao paciente. Passando pelo recebimento, armazenamento e todos os controles adotados neste fluxo.
Como funciona o processo de cadastro de material médico?
Para realizar um cadastro de produto médico em uma instituição hospitalar, regras e padrões devem ser adotadas para assegurar uma assistência segura ao paciente.
Os profissionais responsáveis pelo cadastro devem ter cuidado e atenção redobrada, além de conhecimento das normas dos órgãos regulatórios e as Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Imagine um cadastro de material médico sem informações complementares, apenas com o nome do produto, sem as especificações de controle exigidos pela ANVISA: o processo de controle seria visual e manual, onerando a instituição.
Portanto, o processo tem início na identificação da necessidade do produto, cadastro, compra, recebimento, armazenamento, distribuição, administração ao paciente e cobrança.
Por isso, ter um cadastro adequadamente definido, traz mais segurança às áreas e aos profissionais que os utilizam em suas rotinas e atividades.
Determine regras, combine técnicas e informações que deixem claro a todos da instituição como deve ser seguido e cadastrado do material médico.
Lembre-se de inserir informações de forma de utilização, dados técnicos e clínicos, que destaque as informações relevantes para serem utilizadas como barreira de segurança.
Para te auxiliar nessa etapa, a Aliança Hospitalar preparou o Webinar – Segurança do paciente no processo de medicação: atuação do farmacêutico hospitalar. Não deixe de assistir para receber dicas sobre monitoramento e controle do processo de medicação nas instituições de saúde.
A importância do cadastro de medicamento correto
Não muito diferente do cadastro de material médico, o cadastro de medicamento pode ser um risco nas operações das Instituições de Saúde se não for adequadamente criado e gerenciado.
Por se tratar de uma categoria que também precisa de conhecimento técnico e de informações como: insumo farmacêutico ativo, substâncias, dosagem, apresentação, descritivo técnico e indicação de tratamento.
Essas são informações relevantes para estruturar e criar o cadastro do medicamento, buscando assertividade e clareza para os profissionais que utilizam em suas atividades e operações.
Este tipo de cadastro, em sua maioria, necessita de um profissional técnico, o farmacêutico. Este profissional tem conhecimento específico, propriedade técnica e clínica para avaliar, estudar e propor uma linguagem clara e objetiva.
Os demais profissionais de saúde quando estão em procedimento, utilizando os materiais e medicamentos, beneficiam-se de um cadastro correto, bem estruturado que leva a forma correta de administração. Dessa forma, podem seguir em suas rotinas garantindo a segurança aos pacientes.
Protocolos e regras para cadastro de medicamento
O cadastro de medicamento é tão importante para a segurança do paciente, que existem protocolos internos nas instituições que controlam e acompanham suas utilizações.
Uma das estratégias para auxiliar na segurança e combater o erro de dispensação é definir regras para medicamentos com aparência ou nomes parecidos, conhecido como regra LASA (“Look Alike / Sound Alike”).
A nomenclatura do cadastro do medicamento é monitorada por comissões hospitalares, como comissão de padronização e comissão de segurança do paciente.
Cadastro de material e medicamento contribuindo com a segurança do paciente
Abordamos segurança do paciente, cadastro de material médico e medicamento, e agora descreveremos como e por quê estão relacionados. Uma das metas internacionais é melhorar a segurança na utilização dos medicamentos, e isso já começa com o profissional médico que precisa garantir uma prescrição segura.
Por este motivo, o cadastro – quando o produto “nasce” nas Instituições –, deve ser feito com todo cuidado e atenção, com regras, estruturas e políticas adequadas.
Criar regras de segurança e barreiras sistêmicas no cadastro, ajuda e contribui para o sucesso da utilização do medicamento e aplicação em protocolos institucionais. Pontos de atenção no cadastro, como:
- Vínculo correto do item de prescrição com o produto a ser dispensado. Assim os profissionais da farmácia selecionam o produto exato;
- Vias de administração, alertas de sub e superdosagem e alta vigilância, palavras que facilitem a busca do item que será prescrito;
- Vínculo entre o produto e seu insumo farmacêutico ativo, para auxiliar os profissionais assistenciais em caso de alergia do paciente;
- Criação correta do produto na devida categoria (classificação), de forma que o produto/cadastro sempre esteja disponível para a equipe assistencial, para garantir que o movimentando nas instituições de saúde, são de fato o físico X sistema;
- Especificação adequada de diluições e volumes a serem administrados;
- Registrar os produtos corretamente nos protocolos assistenciais criados nas instituições;
- Controle dos registros da ANVISA, em relação à validade.
Sem dúvida, é um enorme desafio criar, gerenciar e realizar governança do cadastro de produto. Torna-se ainda mais crítico, fazê-lo incorporando detalhes técnicos, clínicos e assistenciais. Pensando em ajudar as instituições a aprimorarem a gestão de medicamentos, nós da Aliança Hospitalar criamos a solução VERZO que monitora os produtos cadastrados pela instituição, contribuindo de maneira decisiva para a Segurança do Paciente.